Continue a sonhar, querido MakeMoney!
É o caso de se fazer um necrológio ou uma celebração?
Morre o software MakeMoney, um filho querido que excita o meu afeto e orgulho.
O MakeMoney foi idealizado em 1998 por mim e só ganhou vida pelos códigos, competência e empreendedorismo do meu sócio e ex-aluno Alexander Prado, com a ajuda do então estagiário Roberto Amorim.
Em um país que despacha para o inferno quem faz dinheiro, o nome MakeMoney à época parecia ser um desacato. E era. Eu queria que parassem de negar que empresas geram riquezas. O seu epitáfio é simples como ele:
“Nessa nuvem, o macróbio MakeMoney, depois de prestar inestimáveis serviços à sua gente, sonha eternamente”
Explico: um software de 22 anos é um idoso insuperável. E qual é a sua gente? 30 mil cópias utilizadas por empreendedores iniciantes.
O inestimável serviço foi permitir que usuários que nada sabiam de marketing, finanças e gestão planejassem as suas empresas.
Na verdade, não se trata de uma morte. Softwares comerciais não morrem, são descontinuados. O MakeMoney será ainda usado por muito tempo.
Se fosse gente o MakeMoney estaria na classe D ou E. Apesar da sua modéstia, acumulou conquistas e tornou-se referência do mercado. Foi adotado pelas principais instituições de ensino superior, por mega corporações e por milhares de empreendedores do Brasil e de outros 17 países de todos os continentes.
Eu escolho a celebração e afasto a melancolia com a esperança de que o MakeMoney renasça das nuvens.
Um abraço do Fernando Dolabela.